segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Vila Mendo e os passados anos de 1972


Naquele tempo a escarpelada era um momento onde os sorrisos francos e as palavras marotas aveludavam as mãos calejadas do trabalho duro que caracterizava o dia a dia.

Foto de uma escarpelada em Vila Mendo nos idos anos de 1972.

Créditos Eduardo Farias.

domingo, 13 de setembro de 2009

VILA MENDO



Vila Mendo é aldeia muito antiga e já documentada nas inquirições de D. Afonso II em 1220.
Calcula-se que a casa de Vila Mendo de Cima, a maior, hoje restaurada e a de Vila Mendo de Baixo, as duas maiores, foram construídas ao tempo da construção da Igreja Matriz da Freguesia.


Conforme documentação, aqui nasceram os Padres Manuel Duarte f. a 3 de Agosto de 1761; Padre António Henriques, 1624, do Mosteiro do Buçaco. Em época menos recuada, o Padre Fr. Manuel de Santa Rosa, carmelita. Padre Geraldo Gomes Andrade Ferreira em 1827, entre outros.

Portanto, Vila Mendo é lugar que desde muito cedo mantem a tradição de lugar onde a cultura foi previligiada.


Eduardo Almeida Farias

16.Ago.2009




A serra escrita na Pedra


"Era noite. Noite fria e escura, escura. Deixámos a Lomba em direcção ao Caselho, de motorizada: éramos cinco, tudo malta nova.

A noite estava mesmo fria! Durante o caminho não falámos. No nosso pensamento a responsabilidade do que representávamos naquela noite, noite tão fria e escura.

Quando chegámos, por fim, ao Caselho, dfepois de vencermos uma distãncia que os Homens terão de fazer desaparecer, de esquecer, eu confesso que estava nervoso. Sentia em mim, a confundir-me, a encorajar-me, a multiplicar-se, o estado de espírito dos grandes momentos.

Pouco depois, na minha frente, na nossa frente, o Povo. O Povo do Caselho, quase todo o Povo do Caselho. Homens que podiam ser nossos Pais e Avós, homnes da serra, homens rude, homens sãos, homens desengravatados, verdadeiros homens.

Na nossa frente a gente queria palavras, queria verdade. Queria Encontro. Sim, naquela noite fria e escura, lá na serra, no Caselho, houve Encontro. Não, não prometemos estrada alcatroada ou luz viva ou mil mil e uma premêmcias, tão justas como o direito de nascer. Prometemos povo nas palavras, no pensamento, na acção. Prometemos lutra pela Justiça Socia, pela verdade do povo, garantimos o vencer da distância, o acender da Luz, luz viva, do espírito. Relembro as palavras: "... A malta nova de Agadão não veio garantir que, num prazo mais ou menos curto terão uma estrada de eterno alcatrão ou luz eléctrica para todos. A nossa missão não é fazer aquilo que, aparentemente são as vossas necessidades mais fortes, as vossas grandes necessidades. Mas o Centro Cultural de Agadão garante que vai lutar por tudo isso, pela Justiça Social, pela verdade do Povo."

"Á procura da serra pela noite dentro", era assim que escrevia José Carlos Carvalho. A catorze de Outubro de 1973 na página dois do Jornal Encontro, seis páginas em papel formato A4, mil exemplares policopiados e a stencil que, em seis edições - até Abril de 1974 - publicaram a actividades do CENTRO CULTURAL DE AGADÃO, movimento da malta nova da freguesia que procurou, com o apoio de estudantes universitários da região, dar voz aos anseios da serra, lançando iniciativas e abrindo os alicerces para o que é hoje o seu Centro Cívico.

"Centro Cultural de Agadão, 36 anos depois", seria assim uma boa razão para uma reflexão de fim de semana, lá na nova sede da Junta e depois das eleições autárquicas de Outubro, já não á luz do petromax do Ti Alípio, Zé Martins ou Aníbal Oliveira, mas com a força das eólicas da Catraia de Cima.

Analisar o estado da serra, os caminhos percorridos e a percorrer e lembrar os que partiram e os que ficaram.

E porque partiram e porque ficaram.

Pensas nisso Beatriz?

José Neves dos Santos

(retirado de Soberania de Povo e publicado com autorização do autor)
(NA FOTO O SAUDOSO TI ALÍPIO E PARTE DA SUA FAMÍLIA)

domingo, 23 de agosto de 2009

Resposta do lado de Lá do Atlântico

Do país irmão recebemos uma colaboração de um filho desta terra mais precisamente de Vila Mendo.
Eduardo Farias há muito que, como tantos outros, buscou longe, muito longe, um futuro melhor, não deixou nunca mesmo assim, de ter um cantinho no seu coração que reserva estóicamente como que mantendo imutável um pouco do seu ser que nasceu um dia nesta terra pequenina da Freguesia de Agadão.
Mandou-nos um poema de sua autoria que, ilustra este "amor" incondicional a este torrão das faldas do Caramulo.
Obrigado Eduardo.

A minha velha igrejinha

De roupa toda branquinha,

Por entre o verde alegre sorri.

E os sinos de seu campanário

Que de penas são rosário,

Hoje vibraram sons de festim

Dentro de mim.

Como toque de varinha de condão,

Sou criança novamente,

Aos foguetes, em dia de festa

Com banda e procissão.

De verde estão os caminhos

Juncos, erva-doce e rosmaninhos ,

Sopra a doce aragem carregada

De perfume intenso

Alquimia de cânticos e incenso.

Sob o pálio sagrado a Hóstia Santa

E os santos em seus andores

Lá vão...

O povo reza e canta,

E o sol sorri mais então.

Alimentada a alma,

O corpo clama:

Venha a chanfana e, o leitão,

O pão-de-ló, a aletria

Que hoje é só alegria;

Mistura-se o divino e o profano

Ao tinto bem regado;

E porque hoje é dia de festa e santificado

Um copito de tinto a mais não é pecado.

No arraial lá no Cruzeiro,

Corre solto o arrasta pé,

E eu junto ao coreto de pé,

A deliciar-me com a tuna de Aguim

A tocar e a cantar, outra vez, assim:

“Adeus ó terra,

Adeus linda serra” ...

Obs.: festa maior, tradicional, ao Sagrado Coração de Jesus, embora a padroeira seja

Santa Maria Madalena.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Encontro das Cruzes


Tradição que se perde nos tempos é o "Encontro das Cruzes". Trata-se de um cerimonial carregado de simbologia que é feito alternadamente. Ou seja na festa do Mosteirinho (freguesia vizinha mas já da Diocese de Viseu) os mordomos de Agadão levam a cruz e participam nas cerimonias religiosas (Eucaristia e Procissão).

Quando é a festa de Agadão os de Mosteirinho deslocam-se com a sua cruz e após o "encontro" que normalmente se realiza no cimo da freguesia participam também nas festividades do Sagrado Coração de Jesus e de Santa Maria Madalena.Usualmente trazem o seu farnel e ficam para a tarde da festa.

(foto de arquivo de 2008)

Festejos em Honra de Santa Maria Madalena e do Sagrado Coração de Jesus


Realizou-se em Agadão nos passados dias 20 e 21 de Junho as tradicionais festas em honra do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus e Santa Maria Madalena.Durante a Eucaristia da festa presidida pelo Rev. Pe. Paulo Gandarinho sete jovens da Freguesia fizeram a sua Profissão de Fé orientados pela catequista Adelaide.Este ano, para além do facto de ter sido o Grupo Coral a assegurar os cânticos na Eucaristia e a procissão, os Bombeiros da Secção de Agadão dos Bombeiros Voluntários de Águeda quiseram-se associar á festa religiosa estando presentes também na Eucaristia tendo levado ainda os andores dos padroeiros na procissão.Mesmo apesar do extremo calor que se fazia sentir esta festa continua a ser um ponto de encontro das gentes de Agadão e convidados, que altera por uns dias a paquetez de uma aldeia serrana que vê morrer aos poucos os lugares mais interiores.
( a foto é do Grupo Coral de Agadão durante a Eucaristia )

domingo, 21 de junho de 2009

Agadão na net

É sempre um risco encetar uma empresa deste tipo... todos temos o tempo imensamente ocupado que pouca margem nos deixa para ir alimentando estes pontos de encontro de forma a que se torne atractivo e por conseguinte seja frequentemente visitado.
Vamos tentar colocar neste sítio imagens de ontem e de hoje da Freguesia de Agadão e assim colocar esta terra que tantos filhos tem por esse mundo além, mais próximos das suas origens.
Vamos ver se conseguimos este desiderato.
Pela nossa parte cá estaremos e.. ficamos á espera da colaboração de todos de cá e por esse mundo fora...